quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Saudade me Visitou


Ainda agora a saudade me visitou

Com suas recordações me torturou

Ela não tem me deixado nem dormir

Tenho chorado desde que vi você sorrir

Ainda agora lembrei do seu rosto

Uma lembrança que me atirou num frio poço

Minha alma sangra todos os dias

Sua ausência me traz tanta agonia

Ainda agora pensei em como eu era antes

E em tudo o que me tornei por você estar distante

Não sinto alegria nem por um instante

Ainda agora desejei te esquecer

Mas sei que você é a razão do meu viver

Ainda agora lembrei o quanto eu amo você.

(Miréia Vale)

Pode Me chamar


Se um dia lhe der uma louca vontade de chorar...

Me chama.

Não lhe prometo fazer sorrir,

Mas posso chorar com você...

Se um dia resolver fugir;

Não se esqueça de me chamar.

Não lhe prometo pedir para ficar,

Mas posso fugir com você.

Se um dia lhe der uma louca vontade

De não falar com ninguém;

Me chama assim mesmo.

Prometo ficar bem quietinho.

Mas...

Se um dia você me chamar e eu não responder...

Vem correndo ao meu encontro...

Talvez eu esteja precisando de você...



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ainda te Necessito


"Ainda não estou preparado para perder-te
Não estou preparado para que me deixes só.

Ainda não estou preparado pra crescer
e aceitar que é natural,
para reconhecer que tudo
tem um princípio e tem um final.

Ainda não estou preparado para não te ter
e apenas te recordar

Ainda não estou preparado para não poder te olhar
ou não poder te falar.

Não estou preparado para que não me abraces
e para não poder te abraçar.

Ainda te necessito.

E ainda não estou preparado para caminhar
por este mundo perguntando-me: Por quê?

Não estou preparado hoje nem nunca o estarei.

Ainda te Necessito."


(Pablo Neruda)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.


(Martha Medeiros)

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...

Não precisamos da paixão desmedida...

Não queremos beijo na boca...

E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...


Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...

Sem nada dizer...


Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...


Alguém que ria de nossas piadas sem graça...

Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...

Que nos teça elogios sem fim...

E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade

inquestionável...


Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...

Alguém que nos possa dizer:


Acho que você está errado, mas estou do seu lado...


Ou alguém que apenas diga:


Sou seu amor! E estou Aqui!

(William shakespeare)

terça-feira, 21 de junho de 2011


Certas palavras podem dizer muitas coisas;

Certos olhares podem valer mais do que mil palavras;

Certos momentos nos fazem esquecer que existe um mundo lá fora;

Certos gestos,parecem sinais guiando-nos pelo caminho;

Certos toques parecem estremecer todo nosso coração;

Certos detalhes nos dão certeza de que existem pessoas especiais,

Assim como você que deixarão belas lembranças para todo o sempre!

Vinicius de Moraes

Ternura

    Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos

Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.

E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...

É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.

Vinícius de Moraes